sábado, 12 de outubro de 2013

GRÉCIA E ROMA NO IFCS-MARXISTA-RASO

O mundo greco-romano é muito vasto e complexo. Devemos a ele nosso idioma, filosofia, literatura, arquitetura, tecnologia, poesia, entre muitos outros exemplos. O mundo greco-romano foi grande, criou seres humanos notáveis, e somos seus eternos devedores.  Mas não para o IFCS-marxista-raso... Este omite criminosamente todas essas grandiosidades, todos os filósofos, todos os poetas, todos os imperadores (!!!) e resume esse mundo antigo incrível a uma sociedade injusta, pois o povo não participava da política ativamente e porque havia escravidão. A aula poderia estimular, elevar, fazer o sangue ferver, nos deixar apaixonados por história! Mas faz apenas dormir.
Quando Marx - esse iluminador teatral - muda a luz dos grandes para o povo, e o coloca na posição de protagonista da história, os grandes passam a ser pequenos e os pequenos grandes. Agora tudo é o povo, o povo! Alexandre, o Grande nem será citado no curso. O IFCS-marxista-raso considera Alexandre pequeno. Os imperadores de Roma não serão tratados, um por um, porque eles eram opressores, e o povo, um santo oprimido. Citando os imperadores e seus grandes feitos, corre-se o risco dos alunos flertarem com “o opressor”. Homero de fato está sendo estudado... para analisarmos como era a situação do povo grego a partir de seus poemas! Mais do que ser marxista, o problema é ser um marxista raso, aquele que só entende a linguagem do opressor vs oprimido. Sinto informar que há mais coisas fora dessa fórmula. Há um verdadeiro abismo dividindo as mais diversas e complexas relações humanas e essas duas palavras “opressor” e “oprimido”, usadas para qualificar todas essas relações.
Eric Hobsbawm era marxista, mas não um marxista raso. Todo historiador deve ter a liberdade de possuir sua opinião política, isso não está sendo aqui discutido. A questão é que os livros de Hobsbawm seriam problemáticos se fossem panfletos como as aulas de antiga são; mas ao contrário, suas obras são excelentes e verdadeiras aulas de História. Em Hobsbawm, a História não é assassinada em prol de uma visão política radical de esquerda. Pois é justamente isso que o IFCS-marxista-raso faz com a educação: homicídio. Afinal a faculdade é de história ou política? A mão podre do marxismo raso transforma todos os cursos de humanas, seja História, Ciências Sociais, Geografia ou Filosofia, NA MESMA COISA. O que deveria ser uma aula que dá cultura ao aluno, enfoque crítico e liberdade de pensamento, é uma doutrinação da esquerda que quer angariar mais adeptos para sua tão sonhada revolução proletária (para isso, é necessário usar a educação). O professor pode e deve expor suas opiniões políticas em aula, porém assassinar a história, omitir fatos importantes, deturpar outros, impor sua visão e falar somente da situação do povão em TODAS AS AULAS é inadmissível!
Os historiadores marxistas rasos, juízes implacáveis desprovidos de sentido histórico, julgaram e condenaram a Grécia e Roma antigas. Ao invés de tentar entender a época COM OS VALORES DA ÉPOCA, eles de cima olham a história antiga que colocaram num patamar abaixo e pintam ela de vermelho após Marx - esse exímio pintor – ter trazido sua aquarela de uma cor só.
Seria eu contra o povo então? Seria o mundo justo? Não! Sou contra o assassinato da história pela política. Sou contra resumir um vasto curso de história da Grécia ou de Roma a essa ideia de que o povo grego e romano foram oprimidos e ponto final. Sou contra condenar os grandes nomes da humanidade a vilões opressores. Sou contra assassinar a ideia de historia magistra vitae (história mestra da vida). O povo merece dignidade, liberdade, educação de qualidade, salário justo, lazer e cultura. Se o povo precisar ir às ruas para lutar por isso, o direito estará com ele. Mas a coitada da história não pode pagar com a vida pelas injustiças que de fato existem nesse mundo.

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