terça-feira, 10 de junho de 2014

NÃO, VAI TER COPA

Não vai ter mundial algum
(Brasil, tum-tum-tum!)
Cansamos dos escândalos de corrupção
(Salve a seleção!)
O sonho do PT por terra cai
(Em cima, embaixo, puxa e vai!)
Milhares de remoções pela Fifa vil
(Lê-lê-ô Brasil!)
E o que dizer dessa piada chamada SUS?
(Ai, ajuda, Jesus!)
Temos estádio, mas não temos escola
(Toca a bola!)
Com tanta pobreza como posso me animar?
(Vai, Neymar!)
Portanto manifestação eu faço
(Que golaço!)
Agora o gigante acordou
(Goooooooooooool!)
Eu quero o melhor pro povo desse país
(Acaba, seu juiz!)
Enfrentemos o Choque, fascista tropa
(Ganhamos a copa!)
UPP não resolve, a situação é mais complexa
(É hexa!)
O povo unido pode vencer
(Vamos beber!!!)


sábado, 7 de junho de 2014

ROHINI

Numa flor de Lótus no Malawi azul
nasce Rohini de uma família hindu.
Do Canadá, seu lar, vai à Machu Picchu,
ruínas quer contemplar naquele sítio.
Então conhece a cidade antiga e a mim.
E me seduz com o aroma de Jasmim.


Seus belos olhos negros de Sherazade
denotam sapiência e imensa bondade.
Bondade tamanha que não se limita
à raça ou países, é cosmopolita.
Beijos que sabem a cravo e noz-moscada,
sim, Rohini, tu foste idealizada.


E creio que o mesmo comigo ocorreu,
meus vícios vários a distância escondeu.
Portanto, não me ames, querida Rohini;
ama a valorosa distância sublime.
A distância, com benefícios sem igual,
é a única que mantém o Hugo ideal.


O véu de Maya não podes levantar,
meu eu real tu não deves vislumbrar.
Fuja dessa iluminação verdadeira,
luz que no sentimento só faz fogueira.
Assim como Buda, Siddartha Gautama,
não quero sofrer, anseio por Nirvana.


Agora minha filosofia muda:
Troco os sofrimentos de Werther por Buda.
Porém um Buda um pouco modificado,
Nirvana alcanço sem ser iluminado.
Tampouco pretendo anular a vontade,
mas sim manter a ilusão desse amor light


Fiquemos juntos, porém sempre distantes.
As dores do amor conheci anos antes.
Com elas já aprendi, delas eu nasci,
Não há por que tal sofrer repetir
Do lema da espanhola Santa Tereza
“Sofrer ou Morrer”, eu fujo com certeza


Quando há distância, não há cotidiano.
Se nos encontrarmos uma vez por ano,
cada momento inesquecível será,
e doce saudade sempre baterá.
Se mantivermos a ilusão para além,
uma vez serei perfeito para alguém.